O desenvolvimento industrial sustentável é o assunto do momento, e da agenda de muitas empresas que querem alcançar mais eficiência e vantagens competitivas.
As empresas nacionais ou globais que não se atentarem para as oportunidades envolvidas no processo de desenvolvimento industrial sustentável vão perder em vários aspectos, e isso sua empresa não quer, certo?
E você leitor, afinal, você já parou para pensar na necessidade do desenvolvimento sustentável, e como aplicar esse conceito em sua vida prática? Vamos ver mais desse assunto?
O que é o desenvolvimento industrial sustentável?
O desenvolvimento industrial sustentável reside na busca pela evolução econômica, mas de forma a não comprometer a vida das gerações atuais e futuras.
Esse conceito nasceu em 1987, e foi cunhado por Brundtland, o qual ressaltou que o desenvolvimento industrial sustentável deve atender nossas necessidades, mas sem comprometer as necessidades das pessoas no futuro.
Nesse sentido, estamos nos referindo também a um meio ambiente que faz arte de um ecossistema, onde todos precisam dele para sobreviver e para retirar recursos para nosso sustento e outras condições.
Inclusive, o New York Times já chamou a atenção para as necessidades dos países em terem uma indústria mais desenvolvida e alinhada a uma maior segurança energética, bem como melhor segurança econômica, maior controle ambiental e com maior respeito global.
Então, quem busca o desenvolvimento sustentável, está, ao mesmo tempo, desejando atingir um nível satisfatório de desenvolvimento socioeconômico e cultural, por isso, tal conceito é bem amplo e envolve vários debates.
A economia sustentável
A economia sustentável existe quando envolve o uso sustentável de recursos naturais; ela foca ainda não somente no lucro, mas na qualidade de vida das pessoas, em geral, bem como na harmonia com a natureza. Enquanto se alinha para o maior bem-estar do ser humano, o qual fica no centro dos processos de desenvolvimento econômico.
Autores como Ignacy Sahcs e Amartya Sen são apenas alguns que se dedicam a estudar mais sobre a economia sustentável, atualmente.
Confira mais!
A economia circular: o que é?
A economia circular é um modelo de desenvolvimento que não tem ênfase no desenvolvimento baseado em recursos escassos, pois esse modelo busca respeitar os limites de nossos recursos naturais e trazem oportunidade de maior eficiência ambiental às empresas.
O foco desse modelo é na otimização do uso do capital natural, mas com a minimização dos riscos relacionados ao ecossistema e, geralmente, tem como base os 3Rs: reciclar reutilizar e reduzir.
E, nisso, o que seria o capital natural?
O Capital Natural
O capital econômico por si só, já não é suficiente para uma empresa que esteja focada no desenvolvimento sustentável e/ou de longo prazo.
Hoje, o foco também deve estar no melhor uso e exploração racional de estoque que são providos pela natureza, o que inclui: os minerais, os oceanos, ecossistemas, água doce, o verde, o ar etc.
Segundo o CEBDS, hoje, qualquer negócio depende do capital natural para ter sucesso e vantagem competitiva.
Qual é o papel das empresas na busca pelo desenvolvimento sustentável?
O papel das empresas reside em alguns aspectos e conjunto de ações, tais como:
- Compreender quais recursos são fundamentais para seu negócio e, assim, fazer uso racional dos mesmos, de modo alinhado a uma busca pela eficiência desses recursos;
- Gerar e analisar relatórios que mostrem os gastos e possíveis impactos sociais, financeiros e ambientais, sempre com o foco na tomada assertiva de decisões;
- Entender sobre uma eventual escassez de recursos para seu negócio e cuidar para que isso não ocorra, ou seja, ter uma postura proativa;
- Saber quais recursos são críticos para as operações de sua empresa e, como você pode fazer melhor uso deles, ou até mesmo como pode desenvolvê-los dentro de sua empresa, como é o caso da energia proveniente do bagaço da cana-de-açúcar;
- Envolver a comunidade em palestra, workshops e outros eventos visando fazê-la compreender o desenvolvimento sustentável e como aplicá-lo no dia a dia para maior preservação dos nossos recursos naturais;
- Incentivar o consumo de produtos ambientalmente e socialmente correto por parte dos consumidores;
Dentre outros aspectos, claro!
Como alcançar desenvolvimento sustentável?
Para alcançar o desenvolvimento sustentável é necessário seguir algumas práticas que residem em:
1. Gerencie Resíduos
Sabemos que as fábricas em seus processos de produção, os resíduos passam a ser críticos. Assim, as indústrias precisam conhecer bem o que estão descartando e gerenciar isso, de modo correto e eficiente.
2. A reciclagem
A reciclagem de materiais e componentes que têm alto potencial de poluição, é uma forma de evitar a extração de novos componentes e ainda pode aproveitar os descartes que tem alto poder de retorno financeiro.
Como é o caso das sucatas, que viram novos materiais e produtos para o consumo e sem maiores impactos com os materiais virgens.
3. Tenha parceiros sustentáveis
Sua empresa faz parte de uma cadeia produtiva, onde não basta apenas um elo, ou agente ser sustentável, pois o conceito de sustentabilidade abarca mais e, assim, seus fornecedores com uma postura sustentável vão beneficiar sua empresa, com o fornecimento de itens corretos, ambientalmente.
A Gestão sustentável de energia
Um processo de gestão sustentável de energia envolve manter os percentuais significativos de participação em fonte de energia sustentável.
O Brasil tem sua matriz energética com boa participação de fontes renováveis e isso ainda é pouco, como é percebido no restante do mundo.
Segundo Balanço Energético Nacional de 2021, a nossa matriz brasileira, atualmente, é composta da seguinte forma:
- Fontes renováveis: 84,8% da matriz elétrica do Brasil; embora nesse total, a geração hidráulica foi de 65,2%;
- A fonte eólica: 8,8%;
- A biomassa: 9,1% do total;
- E a solar; 1,66%.
Embora, o Brasil ainda tenha que avançar quanto a essa necessidade de maior participação de produção de energia sustentável para dar mais força à nossa matriz energética.
Eficiência energética
Quanto a nossa eficiência energética, o Brasil, no Acordo de Paris, entrou com uma proposta de contribuição significativa quanto à adoção de medidas de eficiência energética, tais como as seguir, isso segundo o Portal da Indústria:
- Ter uma participação estimada de 45% no total das energias sustentáveis na composição total da nossa matriz energética, isso para 2030. O que deve ser meio do maior uso eólico, da biomassa, solar e a proveniente de biocombustíveis;
- Aumento do uso de biocombustíveis, de maneira que a participação das fontes de energia sustentável na matriz chegue perto de 18%, até o ano de 2030;
- Incentivar e promover novos padrões de tecnologias limpas e de infraestrutura, de forma menor que a taxa de gás carbono da indústria.
Isso claro que ainda é um desafio a ser trilhado, mas com boas perceptivas de eficiência energética para nosso país. O que tende, então, a aumentar a competitividade da nossa indústria.
Impactos ambientais
Os impactos ambientais estão maiores, até porque o avanço da atividade produtiva não para. Embora medidas e políticas têm sido postas mais em prática para conter esses impactos que podem ser irreversíveis, se nada for feito.
Um impacto ambiental é qualquer modificação positiva ou não no meio ambiente, geralmente, é uma ação causada pelo homem na natureza.
Esses impactos começaram a se alastrar entre os anos de 1930 e 1970, com o aumento da industrialização, e a busca pela proteção ambiental está expressa na CF/88 em seu artigo 225, e ainda é um desafio presente, em termos um menor impacto ambiental.
Por fim, neste post de hoje você viu mais sobre a necessidade do desenvolvimento sustentável, viu sobre o conceito e como alcançá-lo de modo mais prático.
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